Do convencional à telemetria: os tipos de individualização da água e por que a medição remota se destaca

Descubra os principais tipos de individualização da água em condomínios e entenda por que a medição remota por telemetria é considerada a solução mais moderna e eficiente, trazendo justiça no consumo, economia e valorização para o condomínio.

Alexandre Lamounier

9/8/20253 min ler

Convencional x telemetria: os modelos de individualização da água

A individualização da água é uma tendência crescente nos condomínios, motivada pelo desejo de justiça no consumo e pela necessidade de reduzir conflitos. O sistema coletivo, em que a conta é dividida igualmente entre todos os condôminos, já não atende à realidade atual. Afinal, quem consome menos acaba pagando pelo desperdício de quem consome mais.

Para corrigir essa desigualdade, a individualização surge como solução. No que diz respeito à forma de instalação, os condomínios geralmente contam com dois modelos principais: o convencional e a telemetria.

Convencional

Vantagens:

  • Quando a infraestrutura já está pronta, o custo de implementação é baixo.

  • Permite leitura visual simples, sem necessidade de equipamentos adicionais.

  • Em alguns projetos, os medidores podem ser instalados em local de fácil acesso.

  • Boa opção para condomínios já construídos, principalmente com predisposição para instalação de medidores sem necessidade de quebradeiras ou obras adicionais.

Desvantagens:

  • Dependência da leitura manual, que pode gerar erros ou divergências.

  • Necessidade de acesso físico periódico, o que pode incomodar condôminos.

  • Menor transparência e praticidade em comparação à telemetria.

  • Dificuldade em gerar relatórios detalhados ou acompanhar variações de consumo em tempo real.

Remota ou Telemetria

Vantagens:

  • Leitura automática e precisa, sem necessidade de entrada em unidades.

  • Relatórios digitais que podem ser acessados mensalmente pelos condôminos, dependendo do contrato de administração da leitura.

  • Maior transparência, reduzindo conflitos entre vizinhos.

  • Agilidade na detecção de vazamentos ou consumos fora do padrão.

  • Conveniência para síndicos e administradoras, com menos burocracia na gestão.

  • Obras com menor intervenção, cortes e gastos com materiais.

Desvantagens:

  • Custo inicial mais elevado em relação ao sistema convencional, dependendo do número de medidores necessários por unidade/apartamento.

  • Dependência de manutenção técnica especializada.

  • Pode gerar resistência de alguns condôminos pelo investimento inicial.

Aspectos legais

Embora a individualização da água envolva fundamentos legais relevantes, não vamos aprofundar aqui em todos os aspectos jurídicos. Esse tema merece uma análise própria e pode ser abordado em um post específico futuramente.

Aprovação em assembleia

É importante destacar que o síndico não pode implantar a individualização por conta própria. Como se trata de uma alteração que gera custos e modifica a forma de rateio das despesas, a decisão deve ser submetida à assembleia do condomínio, obedecendo ao quórum estabelecido no Código Civil e na convenção condominial. Na prática, a maioria simples dos presentes costuma ser suficiente para aprovar a medida, garantindo legitimidade e segurança jurídica.

Lei de Saneamento Básico e jurisprudência

A Lei nº 13.312/2016, que alterou a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007), tornou obrigatória a instalação de hidrômetros individuais em novos condomínios. Já os empreendimentos antigos podem adotar o sistema desde que aprovado em assembleia. Esse entendimento encontra respaldo também no Superior Tribunal de Justiça, que no REsp 1.166.561/RJ decidiu que a cobrança deve observar o consumo individual, sempre que houver hidrômetros instalados, por ser a forma mais justa de rateio.

Conclusão

A individualização da água é um passo essencial para garantir justiça no consumo e incentivar o uso consciente em qualquer condomínio. Ao optar pelo modelo convencional, o condomínio pode contar com um custo de implantação menor, especialmente em empreendimentos já preparados para receber hidrômetros. Já a telemetria se apresenta como a alternativa mais moderna, precisa e prática, eliminando conflitos e trazendo transparência total para síndicos e condôminos.

Independentemente da escolha, o importante é contar com orientação especializada desde a assembleia até a instalação final. É nesse ponto que a Condoclear se destaca, oferecendo soluções seguras, técnicas e adaptadas à realidade de cada condomínio.

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