Do convencional à telemetria: os tipos de individualização da água e por que a medição remota se destaca
Descubra os principais tipos de individualização da água em condomínios e entenda por que a medição remota por telemetria é considerada a solução mais moderna e eficiente, trazendo justiça no consumo, economia e valorização para o condomínio.


Convencional x telemetria: os modelos de individualização da água
A individualização da água é uma tendência crescente nos condomínios, motivada pelo desejo de justiça no consumo e pela necessidade de reduzir conflitos. O sistema coletivo, em que a conta é dividida igualmente entre todos os condôminos, já não atende à realidade atual. Afinal, quem consome menos acaba pagando pelo desperdício de quem consome mais.
Para corrigir essa desigualdade, a individualização surge como solução. No que diz respeito à forma de instalação, os condomínios geralmente contam com dois modelos principais: o convencional e a telemetria.
Convencional
Vantagens:
Quando a infraestrutura já está pronta, o custo de implementação é baixo.
Permite leitura visual simples, sem necessidade de equipamentos adicionais.
Em alguns projetos, os medidores podem ser instalados em local de fácil acesso.
Boa opção para condomínios já construídos, principalmente com predisposição para instalação de medidores sem necessidade de quebradeiras ou obras adicionais.
Desvantagens:
Dependência da leitura manual, que pode gerar erros ou divergências.
Necessidade de acesso físico periódico, o que pode incomodar condôminos.
Menor transparência e praticidade em comparação à telemetria.
Dificuldade em gerar relatórios detalhados ou acompanhar variações de consumo em tempo real.
Remota ou Telemetria
Vantagens:
Leitura automática e precisa, sem necessidade de entrada em unidades.
Relatórios digitais que podem ser acessados mensalmente pelos condôminos, dependendo do contrato de administração da leitura.
Maior transparência, reduzindo conflitos entre vizinhos.
Agilidade na detecção de vazamentos ou consumos fora do padrão.
Conveniência para síndicos e administradoras, com menos burocracia na gestão.
Obras com menor intervenção, cortes e gastos com materiais.
Desvantagens:
Custo inicial mais elevado em relação ao sistema convencional, dependendo do número de medidores necessários por unidade/apartamento.
Dependência de manutenção técnica especializada.
Pode gerar resistência de alguns condôminos pelo investimento inicial.
Aspectos legais
Embora a individualização da água envolva fundamentos legais relevantes, não vamos aprofundar aqui em todos os aspectos jurídicos. Esse tema merece uma análise própria e pode ser abordado em um post específico futuramente.
Aprovação em assembleia
É importante destacar que o síndico não pode implantar a individualização por conta própria. Como se trata de uma alteração que gera custos e modifica a forma de rateio das despesas, a decisão deve ser submetida à assembleia do condomínio, obedecendo ao quórum estabelecido no Código Civil e na convenção condominial. Na prática, a maioria simples dos presentes costuma ser suficiente para aprovar a medida, garantindo legitimidade e segurança jurídica.
Lei de Saneamento Básico e jurisprudência
A Lei nº 13.312/2016, que alterou a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007), tornou obrigatória a instalação de hidrômetros individuais em novos condomínios. Já os empreendimentos antigos podem adotar o sistema desde que aprovado em assembleia. Esse entendimento encontra respaldo também no Superior Tribunal de Justiça, que no REsp 1.166.561/RJ decidiu que a cobrança deve observar o consumo individual, sempre que houver hidrômetros instalados, por ser a forma mais justa de rateio.
Conclusão
A individualização da água é um passo essencial para garantir justiça no consumo e incentivar o uso consciente em qualquer condomínio. Ao optar pelo modelo convencional, o condomínio pode contar com um custo de implantação menor, especialmente em empreendimentos já preparados para receber hidrômetros. Já a telemetria se apresenta como a alternativa mais moderna, precisa e prática, eliminando conflitos e trazendo transparência total para síndicos e condôminos.
Independentemente da escolha, o importante é contar com orientação especializada desde a assembleia até a instalação final. É nesse ponto que a Condoclear se destaca, oferecendo soluções seguras, técnicas e adaptadas à realidade de cada condomínio.
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